terça-feira, 17 de novembro de 2009

DANÇA DO PUNHAL.


Variação da dança com a espada, também sem registro de uso nos países árabes, pouco se sabe sobre seu surgimento, mas há hipóteses de que tenha surgido na Turquia pelos ciganos. O desafio para a bailarina nesta dança não é a demonstração de técnica, mas sim a de sentimentos. Dança com um punhal de metal feito especialmente para a dança, também conhecido como adaga. Pode ser dourado ou prateado e é vendido em lojas especializadas em artigos pra Dança do Ventre. Geralmente a bailarina entra com o punhal escondido na roupa e no meio da dança o retira dançando com ele, movimenta, manuseia e segura o punhal de diferentes maneiras durante a dança, realizando-se desenhos no ar, sempre tentando dar uma interpretação introspectiva, de mistério, de luta, batalha, proteção. E também o prende em algumas partes do corpo como na boca, na cintura ou no peito. Ás vezes no meio da dança uma ou mais bailarinas podem simular uma luta com o punhal. Não se dança geralmente ao som de músicas muito animadas ou alegres, como solos de derbak ou músicas folclóricas. Usam-se mais músicas não muitas aceleradas, e que tenham um certo grau de mistério, para combinar com a dança. Além disso, não há um ritmo definido para esta dança. Pelo punhal ser um objeto que representa combate ou defesa, a dança pode acompanhar tal sentimento, ou seja, de alguém se defendendo, numa dança forte, carregada de sentimentos, bem expressiva. Não há um traje específico, portanto pode ser dançada com uma roupa típica de dança do ventre de duas peças, bem como com um vestido.Versão da dança da cimitarra. Quase nada se sabe sobre sua origem, mas alguns acham que ela surgiu nos bordéis da Turquia, quando as européias eram escravizadas e levadas aos bordéis (1600-1700); época em que os Mouros raptavam as mulheres a mando do Sultão da Turquia. O punhal era um instrumento de defesa e de comunicação entre a bailarina e a platéia. Outra idéia é de que era realizada pela odalisca predileta do sultão para mostrar seu poder às outras mulheres do Harém, provando que ele tinha total confiança nela.

Representa a morte, a transformação e o sexo. Era uma reverência à deusa Selkis, a rainha dos escorpiões.

A dança do punhal é uma dança forte, portanto a bailarina deverá usar músicas fortes. Ela foi vista pela primeira vez sendo executada pela bailarina norte-americana Jamila. Não é considerada folclórica. Para os ciganos o punhal é um símbolo que purifica as energias.

Ela pode ser executada de forma alegre ou mais introspectiva, como um duelo entre duas ou consigo mesma. As cores utilizadas no figurino são preto, roxo ou azul. O preto representa justiça, sabedoria e o retorno à terra. No Egito, é símbolo de fecundidade, fertilidade da terra e introspecção. Ele absorve e transmuta as energias negativas, transformando-as em positivas. O roxo é energia transmutadora, que nos conecta aos planos espirituais.

Significado de alguns movimentos com o punhal:

- Punhal com a ponta para fora da mão: a bailarina está livre; com a ponta para dentro, está comprometida

- Punhal no peito: demonstração de amor
- Punhal no meio dos seios com a ponta enfiada no decote: sexo
- Punhal na testa com a ponta para baixo: magia
- Punhal na horizontal da testa: assassino
- Punhal nos dentes: desafio, destreza
- Equilibrar o punhal no ventre: destreza
- Bater o punhal na bainha: chamado para dança
- Punhal entre as mãos, sinuoso: Homenagem a alguém da platéia
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